Hoje vi
um Napoleão pequenino
deitado à solta
numa rua caída
da minha terra.
Enrolava um cigarro
displicentemente
debaixo do nariz aquilino
e ajeitava os galões do peito
enquanto um vento forte
espumoso, quase demente
lhe soprava o sentido da guerra
a favor do catarro.
Achei piada ao seu jeito
de pequeno imperador
sozinho, feito um messias
no meio daquela rua.
Passavam as pessoas
e ele, atentamente
mas muito baixinho
levantava o braço a dar-lhes bons dias.
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