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Mensagens

A mostrar mensagens de julho 6, 2014

Poesia no Canhoto

Hoje, lá mais pela noitinha, estarei por aqui, a dizer e a ouvir poesia e música, em muito boa companhia. Só faltas tu, aparece.

Obrigado Gustavo.

Quem mem salvou da estupidez sombria da minha própria mente foi este senhor. Ontem há noite estive a visionar todos os seus vídeos no youtube, horas e horas, até os meus olhos fazerem sangue. Cito: "a nossa mente chama-se 'mente' porque nos mente todos os dias" - Aí está! Gustavo Santos, este grande mago da transcendência, este Deepak Chopra lusitano, este guru bem torneado de "six pack" contados ao músculo e a beringela a dizer olá no espartilho dos speedo. Deus meu, como eu andava enganadinho. O meu conceito de auto-ajuda já se alevantava em bolsas de vómito quando te via no "Inspector Max" e mais recentemente no "Queridos..", mas agora, explodiu numa gosma metafísica. Estou feliz Gustavo, obrigado. Porra! até o teu cão sabe mais sobre o que é viver do que eu.

Amores de repente

No outro dia, lavava a loiça e comecei a agrupar em pares as coisas semelhantes, grato por haver ali espaço para o amor espontâneo dos objectos. Mais tarde, no mesmo dia, apanhei-me a fazer o mesmo com a cor das molas, ao emparelhar roupa de coração ao alto pelo delgado do estendal. Vi almofadões malabaristas apaixonados, porque lhes tremia o estofo transacionado nas minhas mãos. Contorciam-se pelo tecido abaixo, acrescentando formigueiros às penas desvairadas, alinhavavam-se um ao outro. Por fim, lá relaxaram, num sorriso aveludado. Houve até um par de candeeiros que se acendeu em um instante menos ortodoxo, para a gravidade de porte da mesinha de cabeceira. Gozaram intermitentes pela noite inteira, tão foliões quanto lanternas oferecidas. Pela casa adentro, onde as janelas dão o presente e o que foi assentou perene no chão vago, os acasos despertavam as coisas inanimadas, posto que só juntos continuariam carreira pela vida fora. Suspenderam-se os conflitos armados da inti

Sim.

Para mim já chega.

The quiet wisdom from "The Dude"

Verdade, verdadinha.

(...) este fenómen o literário que, com o advento das redes sociais explodiu, é um negócio fácil e de mão cheia. Não é preciso saber nada! É preciso ter uma banca e um computador. Até pode ser na banca da cozinha. E são escritores, resmas de escritores; poetas, resmas de poetas e editores, resmas de editores para dar vazão a tanta produção. São antologias, são colectâneas, são livrinhos, são mentiras e enganos, são cursos de escrita criativa, e tudo isto em negócio florescente e em franco progresso. E depois, estes artistas das letras, às tantas percebem que é tudo um logro! Os que querem perceber, porque há muita gente que vive numa ilusão consentida. E têm de fazer pela vida! À falta de melhor, aplaudem-se uns aos outros, fazem de escritores, de editores, de poetas, de críticos, de vendedores, eles são tudo ao mesmo tempo! Um verdadeiro submundo! Faz-me lembrar as cidades subterrâneas cujos habitantes nunca vêem a luz do dia. (...) Cristina Carvalho (lido à pouco

Ataque dos anões excitados

  Cuidado com essa gente pequenina. Eles comem-te num instante!

A última carta por escrever

 Meu amor, Só me explicaram a palavra amarrar, porque desamarrar levava tempo a mais a existir até se tornar numa palavra que pudesse eu escrever. E eu quis escrevê-las ambas num caderninho azul que tinha rosas anãs brancas na capa, aquele mesmo que me ofereceste no mais estranho natal de todos, até descobrir que sozinho, nunca o conseguirei fazer.  Há tanto silêncio nas minhas mãos quando as tento escrever. É como se duas crianças tivessem morrido ali, esparramadas de tédio, naquelas pálidas linhas azuis por as merecer.  No fim do quarto ergue-se uma montanha de roupa por lavar, cem livros, um lápis, quinze molduras vazias, um quadro de lousa, mil poemas enguiçados, três trapos ranhosos, uma carta, a tua carta, esta carta, dez garrafas variadas, vazias, um canivete, um coração partido, um copo meio-vazio, setecentas beatas de cigarro, o periquito prestes a falecer, duas maças e um caroço.  Mais além está o gato, que brinca com as fronhas da cama as tuas cuecas e os fio

Pudim ou não pudim, eis a questão.

A cozer pudins pelo Minho... muito bem acompanhado! Da direita para a esquerda.: Ricardo Abreu, João Pedro Azul, Renato Filipe Cardoso, eu